Lideranças comunitárias de Santa Maria conhecem estrutura da Corsan em Porto Alegre; confira como foi a visita

Líderes comunitários de Santa Maria visitaram a estrutura da Corsan, em Porto Alegre. Foi uma oportunidade de conhecer o funcionamento das operações, as análises na água e dos hidrômetros. A visita ocorreu no sábado (18) como parte do programa Portas Abertas que, pela primeira vez, recebeu um grupo de Santa Maria.

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O grupo foi recebido pela diretora-presidente da companhia, Samanta Takimi. Ela destacou que o objetivo é criar um espaço de escuta e troca entre a Companhia e a população. Disse, também, que o encontro permite compreender e adaptar o atendimento às diferentes realidades locais.

– É a possibilidade de conversarmos com calma, olho no olho, para responder dúvidas, entender as demandas e garantir que nossa mensagem esteja sendo compreendida de forma adequada. Queremos que as pessoas conheçam como a Corsan funciona e saibam que há uma estrutura robusta de apoio aos municípios. Cada comunidade tem sua cultura, seu ritmo, e nós precisamos respeitar essas realidades para oferecer um atendimento que realmente faça sentido.

Cerca de 20 pessoas participaram da visita. Ainda pela manhã, o grupo conheceu o Centro de Operações Integradas (COI), responsável pelo monitoramento 24 horas de todos os sistemas de abastecimento e esgotamento sanitário dos 317 municípios atendidos pela Corsan. A tecnologia permite acompanhar em tempo real o funcionamento das redes e agir com rapidez em casos de vazamentos, interrupções ou manutenções.

– Por trás de cada tela do COI há um conjunto de dados e profissionais trabalhando para agir rápido em qualquer ocorrência. Cada ponto de operação está conectado, o que permite respostas mais ágeis – explicou a diretora-presidente.

Presidente da Corsan destaca investimentos e novo laboratório de solos em Santa Maria

Durante a visita, Samanta Takimi destacou as ações da Companhia em Santa Maria e anunciou que o município deve receber, em breve, um laboratório de solos, voltado ao aprimoramento das obras de saneamento e à qualificação dos serviços prestados. A presidente da Corsan ressaltou que a tecnologia tem sido aliada na modernização do saneamento, com equipamentos que tornam as intervenções menos invasivas e mais rápidas. Segundo ela, o uso de novas máquinas reduz o tamanho das valas abertas, minimiza transtornos e diminui a necessidade de repavimentação, além de gerar economia e maior agilidade no atendimento às ocorrências. A presidente reforçou, ainda, que a inovação “não encarece o serviço, mas melhora o tempo de resposta e o conforto do consumidor”.

Ainda sobre a situação de Santa Maria, Samanta reconheceu que o ritmo acelerado de obras e investimentos pode causar transtornos à população, como intervenções em vias e aumento na movimentação de equipes.

– Nós aceleramos as obras e os investimentos após a desestatização. Em dois anos, já são mais de R$ 3 bilhões aplicados em melhorias (no Estado) Isso significa mais frentes de trabalho, mais equipes e, inevitavelmente, mais intervenções nas cidades. Mas são obras essenciais para garantir saúde pública e preservação ambiental – afirmou.

Visita aos laboratórios

À tarde, a programação seguiu com visita ao Laboratório Central de Água, onde são realizadas centenas de análises diárias que garantem a potabilidade exigida pelos órgãos de saúde. Os participantes também estiveram no Laboratório de Hidrometria, que abriga um museu com a evolução dos hidrômetros ao longo do tempo e demonstrações sobre os testes de qualidade realizados nos equipamentos.

Para o presidente da Federação Rio-grandense de Associações Comunitárias e Moradores de Bairro (Fracab), Celso Carvalho, que participou da visita, a experiência foi esclarecedora e reforça a confiança da comunidade no trabalho da Companhia.

– Foi muito importante conhecer de perto a Corsan, entender todo o processo da água e poder relatar isso nas comunidades. Tivemos explicações técnicas detalhadas e saímos com informações que vão fortalecer ainda mais o diálogo com os moradores – afirmou.

A doméstica Dagliane de Almeida Silveira, 37 anos, também participou da atividade. Moradora do Monte Betel, ela pode tirar dúvidas sobre o funcionamento da Corsan e levantou temas como qualidade da água e ligações clandestinas:

– Foi muito educativa. A gente ouve muitas reclamações, mas quando chega aqui e vê de perto o cuidado com a água, entende que o processo é sério. Chamou muito a atenção o modo como tratam e testam as amostras que vêm de Santa Maria. É diferente quando a gente vê com os próprios olhos.

Ao final da visita, a gerente regional de relações institucionais da Companhia, Andréia Zanini, avaliou a visita:

– Estamos muito satisfeitos com a oportunidade de abrir as portas da Corsan para as lideranças de Santa Maria. É uma oportunidade de esclarecer, acolher as demandas e, além disso, compartilhar conhecimento técnico com as lideranças. Muitas vezes, percebemos que há desinformação ou interpretações incorretas sobre o funcionamento dos serviços. Quando as lideranças participam dessa experiência conosco, visualizando o que realmente acontece, elas conseguem levar informações corretas para os municípios e comunidades que representam.

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